A situação verificou-se na passada terça-feira,
ao princípio da noite.
Segundo fonte do comando da GNR de Pombal, a operação
foi desencadeada por uma denúncia, feita por via telefónica,
e de carácter anónimo, que dava conta da existência
de uma plantação de cannabis, numa zona relativamente
erma, na freguesia do Louriçal, em concreto junto à localidade
de Fonte da Pedra.
Alertados para a situação, os militares puseram-se
a caminho e acabaram, efectivamente, por se ver confrontados
com uma plantação ilegal de cannabis.
Mais, no local encontravam-se três jovens que, de acordo
com aquela fonte, serão os proprietários e dinamizadores
da plantação, que cerca das 20h00, se dedicavam
a regar as plantas em causa.
Apercebendo-se da presença das forças da autoridade,
os três jovens puseram-se em fuga, tendo a GNR conseguido
proceder à detenção de um deles.
Trata-se de um indivíduo de 22 anos, residente no concelho
e Pombal, que foi ontem presente a tribunal, para primeiro interrogatório.
Como medida provisória, apurámos, o juiz entendeu
obrigá-lo a apresentações semanais no posto
da GNR da sua residência. Medida que, todavia, poderá ser
revista depois de conhecidos os resultados das análises
laboratoriais, uma vez que as plantas foram recolhidas e vão
ser sujeitas às necessárias análises de
despistagem, no sentido de averiguar se efectivamente s está perante
uma plantação de cannabis.
Para além da detenção de um dos três
jovens, a GNR procedeu à apreensão de 30 plantas,
da viatura em que os proprietários circulavam, bem como
de vários artigos relacionados com a plantação,
como seja bidões usados para o transporte de água,
dois baldes, bem como mortalhas e um telemóvel.
Terrenos férteis e longe dos olhares curiosos são
os mais procurados
Segundo apurámos junto da GNR de Pombal, o terreno não
pertencia a nenhum dos proprietários da plantação
e, não sendo um local ermo, é um espaço
isolado, sem vizinhos que pudessem aperceber-se da situação.
Este comportamento é, de resto, de acordo com os responsáveis
daquele comando, característico deste tipo de ilicitude.
"
Procuram-se terrenos férteis, onde as plantas possam crescer
e longo do olhares curiosos".
Na maioria dos casos os responsáveis pela plantação
'apropriam-se' do terreno, cujos proprietários desconhecem
de todo o uso dado às suas terras.
As plantas apreendidas teriam na casa dos 50 centímetros,
estimando-se que "estivessem a meio do seu crescimento,
uma vez que a colheita é habitualmente feita em Setembro".