O presidente da Câmara de Pombal acabou com a figura do
vice-presidente, sem ter avisado o detentor do cargo, acusado
de "tanto protagonismo".
O presidente da Câmara de Pombal acabou com a figura do
vice-presidente na autarquia para evitar “protagonismos” entre
os vereadores da maioria social-democrata, mas não avisou
o até agora seu "número dois" da decisão.
“
A vice-presidência é da responsabilidade de todos
os vereadores e não apenas de um", uma situação
que estava a levantar “susceptibilidades” entre os
eleitos, explicou o autarca Narciso Mota, justificando assim
a decisão de afastar Diogo Mateus daquele cargo.
“
Não havia nenhuma Câmara deste distrito em que o
vice-presidente tivesse tanto protagonismo”, explicou Narciso
Mota, que é presidente da Câmara há quatro
mandatos.
“Temos que ser humildes e de estar com espírito
de equipa e darmos o nosso contributo ao grupo”, até porque
a vereação é um “órgão
colegial”, acrescentou o autarca, que não quis comentar
em particular a actuação de Diogo Mateus.
Contactado pela Agência Lusa, o até agora vice-presidente
da Câmara, Diogo Mateus, mostrou-se surpreendido, alegando
que não fora avisado pelo presidente da autarquia desse
afastamento. “Desconheço em absoluto essa decisão”,
afirmou Diogo Mateus, escusando-se a tecer mais comentários.
Esta decisão ocorre algum tempo depois do presidente
da Câmara - que é também presidente da Concelhia
local do PSD - ter alterado a distribuição dos
pelouros, retirando a Protecção Civil, o Trânsito
e o Ordenamento do Território ao vereador, atribuindo-lhe
por troca a Acção Social e Ambiente.