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História
da Freguesia do Louriçal
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Orago:
S. Tiago
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A criação da freguesia data dos primórdios
da nacionalidade – séc. XII. D. Manuel atribui-lhe
foral em 23 de Agosto de 1514 e o Louriçal foi sede do
Concelho até 24 de Outubro de 1855.
Remonta
a 1166 a concessão do couto do Louriçal
por D. Afonso Henriques ao Convento de Santa Cruz
de Coimbra. Tendo recebido foral em 1514, por D.Manuel,
o Louriçal virá a assistir nos séculos
XVII e XVIII a um grande desenvolvimento a que não
será estranha a presença e o apoio
de algumas importantes famílias nobres como
os Almeida Castelo Branco e os Meneses. Será o
século XVII e sobretudo o século XVIII
que verão surgir o monumental convento do
Desagravo do Santíssimo Sacramento. Na sua
origem encontra-se uma jovem freira, Maria do Lado,
que, embora não sendo originária do
Louriçal aqui se fixou com companheiras suas,
dando origem em 1630 ao Recolhimento das Terceiras,
dois anos antes da sua morte. A partir de 1836 o
concelho do Louriçal deixa de pertencer à comarca
de Coimbra para pertencer à de Pombal, iniciando-se
assim o seu processo de extinção, sendo
formalmente integrado no concelho de Pombal em 1855.
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A
descobrir
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Construído
nos séculos XVI-XVII, de soco quadrangular
sobre o qual assenta uma coluna de base octogonal.
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No
Largo do Prior Campos, próximo da Igreja
matriz de S. Tiago, ergue-se como testemunho da
história e relíquia do passado o
velho pelourinho, símbolo do poder municipal,
infelizmente transformado em cruzeiro no ano de
1870
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Igreja
do Convento do Louriçal
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Arquitecto
/ Construtor / Autor
A traça inicial da igreja é atribuída ao
arq. João Antunes, reformada ou mesmo refeita por Manuel
Pereira, oratoriano. Os retábulos e respectiva estatuária
são atribuídos ao estatuário João
António de Pádua.
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Cronologia
1690 - 1ª pedra da igreja e transformação
do primitivo recolhimento, fundado em 1640 pela Madre Maria do
Lado, a seguir à profanação da Sagrada Eucaristia
na Igreja de Santa Engrácia, em 1630; D. Pedro II concede
6.000 cruzados para a obra, enviando ao Louriçal o arquitecto
João Antunes; 1700 - D. João V, ainda príncipe,
toma o convento sob sua protecção, em cumprimento
de promessa feita pelo milagre de cura de bexigas com a terra
da sepultura da Madre Maria do Lado, concedendo-lhe em 1707 uma
tença anual de 2.400 reis; 1708 - as primeiras freiras
clarissas instalam-se no convento, que já possuía
instalações conventuais; 1726 - data do revestimento
azulejar da sacristia; 1734 - o Irmão Manuel Pereira,
da congregação dos oratorianos, que dirigia a obra
do aqueduto, é encarregue de riscar outra planta, já que
a igreja existente não era consentânea com a grandeza
do convento. D. João V concedeu 45.000 cruzados para obras;
1739 - inauguração do novo templo; 1834 - depois
da extinção das ordens religiosas o convento é vendido
em hasta pública e arrematado pela irmãs clarissas
do Louriçal, que de novo nele se instalaram.
Tipologia
Arquitectura religiosa, maneirismo, barroca. Igreja de freiras
clarissas, com duplo coro, transepto inscrito rematado por
cruzeiro, integrada a S. de conjunto conventual. O claustro
abre-se a meio do complexo, a N. da igreja.
Fonte
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Igreja
Paroquial de S.Tiago
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De
fundação Manuelina, apresenta exteriormente
um portal cingido de pináculos
rematados em fogaréus.
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Com
500 ou mais anos de Historia e uma fachada singela
mas bonita que inc1ui um nicho com uma imagem
de S. Tiago datada do Século XVI, cujo
autor se desconhece, a Igreja Paroquial do Louriçal
dedicada a este apostolo e um dos monumentos
de grandiosidade arquitectónica desta
freguesia, com fundação ou reconstrução
atribuída ao período Manuelino.
No Templo voltado a poente, de uma só nave com cerca de
30 metros de comprimento por 8 de largura aproximadamente, de
planta rectangular, sobressaem retábulos colaterais de
peculiar interesse com imagens de fina escultura dedicados ao
calvário à direita e a Nossa Senhora da Conceição à esquerda.
In: “Louriçal
Imagens da Freguesia” de Mário
Lino
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Capela
da Misericórdia de Louriçal
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Em
frente à Capela da Misericórdia a
fachada N. do Convento do Louriçal e respectiva
portaria; construções recentes destoantes
ladeiam a capela.
Descrição
Planta rectangular, orientada no sentido N. S., sala do despacho
e sacristia, também rectangulares, adossadas a O..(...)
A fachada, de empena angular, rematada por cruz, é rasgada
por 3 óculos e por porta de molduras lisas encimada
por frontão de aletas com o escudo português,
ladeada por janelas de molduras barrocas.(...)
Fonte
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Capela
e Miradouro de Santo António
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Aqueduto
de Águas do Sec. XVIII
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A
história desta curiosa obra hidráulica
setecentista, está relacionada com D. João
V e as irmãs Clarissas, tendo este monarca autorizado
a sua construção para reforçar
o abastecimento de água do Mosteiro do Santíssimo
Sacramento, existente desde 1709, na freguesia do Louriçal,
concelho de Pombal. A sua função permitiu,
igualmente, servir um chafariz público localizado
na Rua do Castelo, com parte das águas captadas
na nascente do Pomar, bem próxima da povoação.
Este chafariz outrora foi pertença do Mosteiro
e situava-se no quintal das Hospedarias do mesmo.
A
responsabilidade do projecto, deve-se ao Padre Manuel
Pereira, especialista em estudos e levantamentos
de
arquitectura, a quem o rei Magnânimo confiou
a condução dos trabalhos e reconheceu
grande capacidade técnica na execução
do referido aqueduto, como nos demonstra o seguinte
relato:
“ Mandou então ao Louriçal o Irmão
Manoel Pereira, desta Congregação, que
era insigne na Arte da Arquitectura, e de quem Sua
Majestade se fiava, encarregando-lhe todas as suas
Reaes obras, como lhe tinha encarregado a planta, e
medição desta (…) A experiência
que o Arquitecto tinha do que é Communidade,
foi grande circunstancia para encaminhar a agua de
maneira que sem trabalho das Religiosas, pudessem usar
della em todas as officinas; e concluído este
intento, voltou à corte, aonde deo conta a S.
Magestade do que tinha obrado, do que o dito Senhor
se deo por satisfeito”.
A
arcaria, com cerca de 350 metros de extensão
entre o local de origem e o convento, é composta
por aproximadamente 35 arcos em alvenaria, com aduelas
de tijolo, suportada por pegões de planta quadrangular,
assume um interessante protagonismo na história
da povoação.
Actualmente,
e dentro da vila, o troço final
do aqueduto encontra-se restaurado, tendo sido intervencionado
a nível de reboco e pintura. No que diz respeito
ao trecho que atravessa os terrenos agrícolas,
torna-se urgente proceder ao seu restauro, devido ao
seu avançado estado de degradação.
Este
aqueduto Joanino, encontra-se a ser estudado por
uma Comissão para o Desenvolvimento Turístico
do Louriçal, com o objectivo de inscrever este
monumento nos roteiros históricos da vila e
da região de turismo Leiria/Fátima.
In
Projecto de reabilitação do Aqueduto
do Louriçal |
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Capela
de Sao Jorge no Valarinho
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Fotos
de Julho 2006 (pela ocasião das Festas de
São Jorge)
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