O
que pode ler-se nesta síntese de "Imagens
da Freguesia" são algumas crónicas
e memórias recolhidas no decurso das minhas visitas
ao Louriçal, ao longo dos últimos tempos
e na sua maioria já publicadas em "O Correio
de Pombal".
Aprendi
a conhecer as raízes da Terra, dos costumes e
tradições numa viagem pessoal que pretendo
transmitir a todos os Louriçalenses que são
os verdadeiros protagonistas deste trabalho e a quem
desde já presto a minha homenagem.
Várias
histórias, documentos e um conjunto de imagens
das mais diversas temáticas preenchem as páginas
desta publicação, cujo projecto teve início
aquando do nosso primeiro contacto com
os leitores do jornal, ocorrido no dia
2 de Outubro de 2003.
Retratar
diferentes aspectos do quotidiano deste
povo, revelar e preservar algumas das múltiplas facetas do panorama
cultural Louriçalense antes que certos testemunhos
do passado, o tempo se encarregue de apagar, são
alguns dos factores que me levaram a percorrer
os caminhos da Freguesia.
Cabe aqui salientar o interesse que o convento
das clarissas tem para a história
do Louriçal e também destacar a importância que o mesmo
teve na construção deste álbum de memórias.
Outro
dos motivos foi o de eu, na qualidade de
sócio
da Filarmónica Louriçalense, pretender
partilhar convosco a efeméride comemorativa dos
180 anos de vida desta Sociedade, a qual tenho o maior
prazer em oferecer estes meus parcos apontamentos em
escrita de fácil digestão como prenda de
aniversário.
A
modernidade e o progresso porque passa
neste momento a Sociedade Filarmónica Louriçalense, assenta
nas raízes do passado. Hoje a Filarmónica
não é mais do que o espelho
do trabalho desenvolvido por quantos passaram
pelas suas fileiras.
Homenagear
TODOS os Músicos, Maestros e Dirigentes que durante
o longo e nobre percurso que teve inicio no ano de 1825,
têm vindo a abraçar a causa pública
e a assegurar com o seu esforço e culto pela música,
a possibilidade de nós hoje podermos festejar
este aniversário, foi também um dos meus
propósitos. E, para encerrar este capitulo, perante
a memória do meu bisavô Diniz da Silva Cardoso
que foi Director desta Banda em finais do século
XIX e a de todos quantos a esta estiveram ligados e que
por motivo de força maior repousam em paz no eterno
descanso em local próprio, me curvo eu. Para os
outros sem excepção vai o meu abraço
de gratidão.
Antes
de terminar estas breves palavras em linguagem
simplista, aproveito a oportunidade para esclarecer que
este pequeno
contributo agora dado a estampa, não pretende
ser mais do que isso mesmo. A persistir continua uma
lacuna que em meu conhecimento ainda não foi preenchida
e que certamente caberá a algum historiador promover
a história completa do Louriçal.
Mário
Lino