HISTORIAL Fundado
em 10 de Maio de 1976, tem vindo a manter a sua actividade
ao longo dos anos sem qualquer interrupção
sendo a partir de 1978 pertença do Centro Recreativo
Folclórico e Artístico da Charneca. Foi
este Rancho progenitor desta Colectividade a qual foi
considerada de Utilidade Pública a partir de Fevereiro
de 1992, conforme despacho do Primeiro Ministro de 6.2.92,
publicado no Diário da Republica nº 44 II
série em21.2.1992.
Ultimamente e por interesse manifestado pelos sócios a fim
de vir a ser dada outra utilidade a Colectividade, foi alterado
por escritura publica o seu nome, passando a designar-se: Centro
Sócio - Cultural Recreativo e Folclórico da Charneca.
As suas actuações têm vindo a verificar-se
frequentemente de norte a sul do país, tendo actuado em
França.
DANÇAS E CANTARES DO RANCHO
As
actuações deste Rancho são quase
sempre iniciadas com o Hino da Colectividade, que representa
o seu historial e aborda as pretensões futuras,
seguidas do seu vasto reportório tais como:
O
Beijinho: - E um vira cantado e dançado no lugar
da Charneca desde 1800, altura em que era grave dar um
beijo à rapariga que namorava.
Rosa
Bela: - Uma bonita dança com forma de desgarrada
amorosa, entre rapaz e rapariga.
As
Lavadeiras da Charneca: - É um vira dedicado às
mulheres deste lugar, que para além da agricultura
que exploravam dia a dia, tinham como meio de subsistência
a lavagem da roupa dos habitantes mais abastados da então
Vila de Pombal.
Enquanto era lavada e passada a roupa a entoavam canções
alusivas às profissões dos homens da nossa terra.
A
Dobadoira: - Instrumento que se utilizava para dobar
o linho e a estopa que deu título a esta dança.
Na altura toda a rapariga que se prezasse tinha que levar no seu
enxoval lençóis de linho, ou não teria a bênção
no casamento, o que significava infelicidade.
O linho era uma cultura muito explorada naqueles tempos nesta aldeia.
Vira
Passado: - Reflecte a época das descamisadas.
Quando as raparigas queriam ir a determinado baile pediam as mães
em forma de desgarrada, permissão para tal.
Á gua leva o Regadinho: - E uma dança também executada na época
das descamisadas pelas moças. Os rapazes regavam o milho semeado e mais
tarde em sua honra as raparigas cantavam e dançavam depois de efectuado
o trabalho.
Jogo
do Pau: - É uma reconstituição da
disputa entre os rapazes pelas raparigas do lugar, sendo
tema originário do longínquo ano de 1800,
altura em que não havia «televisão» nem
se falava de «futebol».
Os rapazes de então não permitiam que um forasteiro
viesse namorar as «raparigas da terra». Como tal treinavam
o jogo do pau. E dizia-se que rapaz que não tivesse pau
não era considerado como tal para a época.
Estes
e outros temas como: O Fadinho; Vira Valseado; A Cuca;
Caminhamos para o Norte; Xicaras e Pires; Amendoeira
Doce; Vira da Charneca; Giro, Giro; A Cigana; O Caracol,
etc., são o reportório do Rancho.
Nos
trajes dos componentes estão representados «0
Cavador>, «O Varejador», «O Pedreiro», «O
Domingueiro», «O Rico», «Os Noivos», «A
Apanhadeira», «A Lavadeira» e «A
Camponesa».
Todo o traje demonstra uma pobreza natural, precária em
que o povo vivia na época de 1800.
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