Este ano existem mais riscos de incêndios florestais do
que no ano passado, alertou o ministro da Administração
Interna, António Costa, esta terça-feira, em Pombal.
O governante fez um apelo ao reforço da fiscalização
e do trabalho da protecção civil, considerando
que 2006 foi um ano "excepcional", já que ardeu
apenas um terço da média de hectares dos últimos
cinco anos.
"Temos obrigação de saber que os resultados
alcançados no ano passado não são ainda
sustentáveis", afirmou António Costa durante
a cerimónia de apresentação do dispositivo
de protecção civil do distrito de Leiria.
"Este ano há um novo risco elevado", até porque
registou-se o "Inverno mais quente desde 1931", acrescentou.
Além disso, foi uma estação "particularmente
chuvosa" que contribuiu "para o crescimento do mato" e
para a criação de "mais material combustível" na
floresta portuguesa.
António Costa insistiu para que as "autarquias locais,
forças de segurança e todos os agentes de protecção
civil renovem a fiscalização sobre o cumprimento
das obrigações" dos proprietários florestais
ou concessionários das vias de comunicação.
A
criação de faixas de prevenção é uma
das "medidas essenciais para termos uma floresta mais resistente
ao fogo", considerou António Costa.
"Portugal
sem fogos depende de todos e é por isso é que
estamos aqui todos: o Estado e as autarquias, o movimento associativo,
os bombeiros voluntários ou municipais, os militares,
agentes da PSP e sapadores florestais", declarou o ministro.