A comunidade religiosa do convento do Louriçal está mais próxima dos seus devotos. Na verdade está apenas a um clique do rato de qualquer computador em qualquer parte do mundo. A irmandade das Clarissas do Desagravo aderiu às novas tecnologias através da criação de uma página na Internet. A vida do mosteiro e da comunidade das irmãs estão acessíveis on-line há cerca de um mês. A reacção dos cibernautas tem excedido as expectativas das promotoras do sítio: cerca de 800 visitas num mês.
Segundo informação de irmã Fátima, uma das Clarissas residente no convento, “a comunidade religiosa tem recebido visitas de pessoas de vários pontos do país que nos apercebemos que têm conhecimento da nossa existência através da página da Internet”, esclareceu. A página foi criada por um cidadão da freguesia do Louriçal e apelidado pela comunidade como um amigo. A irmandade preferiu ocultar a sua identificação.
O sítio é composto por uma página de apresentação, onde é possível visualizar a imagem da madre Isabel. No mesmo local é possível saber mais informações sobre a fundadora da comunidade: Clara e seu irmão Francisco de Assis. Seguem-se informações sobre as origens do mosteiro e a espiritualidade que rege o mesmo. Nesta página sobre a espiritualidade é possível conhecer a história da fundadora do convento, Maria de Brito, de ascendência nobre, que mais tarde será conhecida por madre Maria do Lado. A noite de 15 para 16 de Janeiro de 1630, na cidade de Lisboa, assaltantes sem escrúpulos entraram na igreja de Santa Engrácia e arrombaram o sacrário “profanaram a presença eucarística de Jesus que agora era humilhado até ao extremo. Ele não abriu a boca diante dos ultrajantes mas a sua voz fez-se ouvir a Maria de Brito que, no Louriçal, permanecia em oração”. A devota viu a imagem de Jesus Cristo com uma corda ao pescoço derramando muito sangue. Passados alguns dias, Frei Bernardino veio ao Louriçal e ao ter conhecimento da visão concluiu que concluiu que correspondia ao sacrilégio cometido dias antes em Lisboa. A partir daí, Maria de Brito teve consciência da sua missão terrena e fundando a irmandade. O convento foi construído no local onde viveu Maria do Lado. Os restos e relíquias da fundadora podem ser visitados no museu criado para o efeito, no interior do mosteiro, aos domingos entre as 11 e as 12 horas e do período da tarde entre as 16h30 e as 17h30. (...)

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