Carlos
Oliveira, acusado de assassinar com grande violência
o engenheiro Vaz de Morais foi hoje condenado a 18 anos de
cadeia, depois de ter sido absolvido num primeiro julgamento
há quatro anos.
O arguido, Carlos Oliveira, foi condenado hoje pelo tribunal
de Pombal pelo homicídio
do antigo autarca Vaz de Morais, encontrado morto há sete anos com sinais
de violência no seu gabinete de engenharia civil.
O tribunal condenou-o pelos crimes de homicídio qualificado, falsificação
de documento (um cheque no valor de 7.500 euros) e burla qualificada, totalizando
um cúmulo jurídico de 18 anos de prisão.
A primeira absolvição, verificada em 2002, foi anulada pelo Tribunal
da Relação de Coimbra que ordenou a repetição do
julgamento, alegando que a prova produzida foi insuficiente para sustentar a
absolvição de Carlos Oliveira, que era empregado da vítima.
Hoje, o juiz-presidente do colectivo que julgou o caso, Nelson Fernandes,
considerou que o suspeito atingiu violentamente no "crânio e na face" a
vítima com um "objecto contundente", provocando-lhe a morte
na noite de 02 de Março de 1999.
O colectivo de juízes considerou que o arguido matou o patrão depois
de ter falsificado a sua assinatura num cheque no valor de 1.500 contos (7.500
euros) que fora depositado numa das suas contas bancárias.
Os magistrados consideraram que esse foi o móbil do crime, já que
o arguido liquidou o patrão, proprietário de um gabinete de projectos
de engenharia civil, para esconder a burla que terá feito com o cheque.
O dinheiro visou resolver a "situação financeira apertada
(do arguido) devido a múltiplas dívidas a entidades bancárias",
afirmou o juiz Nelson Fernandes, sustentando ainda que o arguido tentou depois "esconder" os
indícios que o envolviam.
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