Prosseguiu
hoje (terça-feira, 23), no Tribunal de Pombal, o julgamento
do presidente da Câmara Municipal, Narciso Mota, acusado
de difamação por António José Oliveira
Rodrigues, candidato do PS à autarquia nas eleições
de 2001.
Durante toda a manhã, o tribunal ouviu os depoimentos de Armando Portela,
Rodrigues Marques, Diogo Mateus, Paulo Almeida e José Santiago.
Rodrigues Marques, que antecedeu e sucedeu a Oliveira Rodrigues na presidência
da Associação de Industriais do Concelho de Pombal (AICP), começou
por dizer que concordava com as afirmações de Narciso Mota em que
apelava Oliveira Rodrigues de "economista de mercearia". Tendo aproveitado
o seu depoimento para tecer fortes críticas à gestão de
Oliveira Rodrigues na AICP. "Encontrámos uma situação
de escalabro" disse Rodrigues Marques referindo-se a "dívidas
ocultas", processos no Ministério do Trabalho, penhoras por parte
da Segurança Social, dívidas ao fisco, e empréstimos bancários
por pagar. Referiu-se, ainda, a eventual "promiscuidade" entre funcionários
da associação e Oliveira Rodrigues. Um depoimento que levou o advogado
deste a chamar a atenção da testemunho que as suas palavras estavam
a ser gravadas.
Quanto ao alegado donativo de 50 mil contos feito pelo comendador Manuel da Mota à AICP,
Rodrigues Marques disse desconhecer qual a sua origem. "Não faço
ideia se é donativo ou empréstimo" disse o presidente da Associação. (leia
mais)
|