Dois sexagenários morreram na sequência
de uma colisão entre um veículo pesado e um ligeiro
de passageiros em Matos da Ranha, no IC2, antiga EN1, no cruzamento
que liga esta via a Vermoil. O acidente foi registado na terça-feira,
cerca das 08h30 e envolveu um pronto-de-socorro, com sede na
cidade de Pombal e um automóvel conduzido por Manuel Ferreira
da Silva, de 63 anos, residente em Cavada, freguesia de Carnide.
O condutor teve morte imediata, segundo informação
dos bombeiros de Pombal. A outra vítima mortal deste acidente é a
esposa do condutor, Maria Emília, de 64 anos. O funeral
realiza-se hoje, pelas 15 horas, na igreja de Carnide.
As operações de socorro envolveram 10 bombeiros
da corporação de Pombal, apoiados por três
viaturas. O condutor teve morte imediata. A esposa ainda foi
transportada ao Hospital de Pombal mas viria a sucumbir aos ferimentos.
O Correio de Pombal apurou que o pesado circulava no sentido
Pombal/Leiria e carregava dois veículos ligeiros de passageiros.
O automóvel dirigia-se a Vermoil precedente de Carnide.
Assim que teve conhecimento deste trágico acidente, o
presidente da Junta de Freguesia de Vermoil confessou a sua tristeza
pelo sucedido e “responsabilizou” as Estradas de
Portugal (EP) em virtude das recentes alterações
efectuadas por esta entidade no IC2. Segundo Ilídio da
Mota, a EP repavimentou a estrada que atravessa a freguesia e
procedeu a alterações no pavimento alterando alguns
dos sentidos rodoviários. E são estas alterações,
principalmente o fim do cruzamento junto ao restaurante “Litoral” que
está na origem do protesto do autarca. Para Ilídio
da Mota o fim do cruzamento “provocou o aumento do trânsito
e, simultaneamente, o aumento de confusão”. E acrescentou “erros
esses que poderão ter estado na origem do acidente ocorrido
em Matos da Ranha, do qual resultaram duas vítimas mortais”.
O autarca esclareceu O Correio de Pombal que as alterações
foram efectuadas há menos de um mês. Os automobilistas
que usavam habitualmente a rua da Feteira e a rua dos Calvarios
para aceder ao IC2 foram surpreendidos com a alteração
de um dia para o outro, segundo Ilídio da Mota. O autarca
entende que o cruzamento suprimido era mais seguro que o local
onde ocorreu o acidente. O presidente da Junta admitiu que irá oficiar
a EP para que a referida entidade coloque em plano de actividades
as soluções “há muito reivindicadas
pela Junta de Freguesia e Câmara”. O município
pediu uma passagem desnivelada sobre o IC2. Até a obra
estar concluída, Ilídio da Mota entende que a EP
deve apetrechar o cruzamento com semáforos.