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História
da Freguesia de Carnide
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Orago:
Santo Elias
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A freguesia de Carnide foi demarcada por Decreto de Lei de 1 de Julho
de 1952 em sequência do pedido dos representantes das famílias
residentes que ocupavam a parte ocidental da freguesia de Vermoil,
zona que passou a constituir a nova freguesia. O topónimo “Carnide” deriva
de um “Carn”, tanque da purificação pertencente
a um santuário drúdico do culto celta, que se localiza
junto ao lugar de Carnide de Cima, nas margens da Ribeira. Mais
tarde aparece referenciado na carta testamentária de D.
Afonso Henriques, em 1167.
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A
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A designação toponímica "Carnide" advém-lhe
originariamente de um "Cam", tanque da purificação
pertencente a um Santuário druídico do Culta Celta, que
ficaria próximo do lugar de Carnide de Cima, nas margens da
Ribeira do Pranto, o qual ainda no Século XVIII, era utilizado
pelos vizinhos, para levarem o cereal destinado ao pão moído
nas azenhas das linhas de água do Vale do Feto e do Vale da
Cruz.
No Culto druídico, também se filia a tradicional feitura
de "Mezinhas", destinadas à cura de doenças,
aplicadas com ritos místicos, pelas pessoas mais antigas ainda
crentes nos seus efeitos mágicos inexplicáveis. Em documentos
arquivados na Torre do Tombo, designadamente na carta testamentária
de D. Afonso Henriques, datada de 1167, bem como no Foral de Leiria,
aparecem iniludíveis referências a "Carnedi",
tendo o topónimo antigo" Carnedo" evoluído
para o actual "Carnide", obedecendo às gramaticais
regras da semântica.
Com este nome, é também referenciado o Rio de Carnide
que nesta Freguesia tem a sua nascente mas que, depois de 36 quilómetros
de leito, vai afluir ao Rio Mondego.
Toda a correspondente bacia Hidrográfica enriquece a fértil área
rural da Freguesia de Carnide, levando-nos a evidenciar as vinte e
cinco bucólicas azenhas concentradas das quais ainda algumas
labutam diariamente, desde o Vale de Feto até ao Vale Salgueiro,
dando à paisagem encantos de tranquilidade e paz, onde a "Sinfonia
das rãs dos seus arrozais, mantém o coaxar dos sapos,
fazendo contrabaixo no harpejo dos rouxinóis que, noite
dentro, entoam loas de Criador" no afirmar do Pároco Elias
Ferreira da Costa, na transcrição do seu Boletim Paroquial.
A actual sede da Freguesia ergueu-se ao redor da imagem milagreira
do profeta Santo Elias, padroeiro com festa anual em 19 de Agosto,
cuja velha Capela foi resistindo até 1940, ano em que foi destruída,
para aí ser construída uma mais ampla, com altares de
talha trabalhada em madeira, obra do artista Timóteo Pereira
Damásio.
" Um pavoroso incêndio calcinou todo o templo, na manhã de
5 de Outubro de 1957. Imediatamente o Padre David Pedrosa Gaspar, auxiliado por
toda a população, escolheu os procuradores Manuel António,
Joaquim Francisco, António dos Santos e Manuel Gaspar, que se lançaram à tarefa
de angariação de fundos para a construção da actual
Igreja Paroquial.
A primeira pedra foi benzida e lançada em 30 de Maio do Ano
de 1965. À comunidade católica de Carnide foi dada independência
Canónica, em provisão datada de 24 de Setembro de 1953,
da autoria de D.José Alves Correia da Silva, Bispo de Leiria,
a cuja diocese pertencia desde 1543, como capelinha da paróquia
de Vermoil.
O primeiro pároco nomeado foi o prior Manuel Pereira Júnior,
natural da Freguesia de Fátima, pessoa a quem Carnide ficou
a dever significativa dinamização, tanto no campo religioso,
como no campo profano, recordando-o com saudade e boa memória.
Depois do recente arrancar inicial da Freguesia, os seus Habitantes
denodaram-se em obras escolares, comerciais, industriais, sociais,
procederam à electrificação do território
e à construção de redes de estradas, tendentes
a uma total remodelação e modernização,
a que não ficaram alheios os emigrados, agora de regresso à sua
terra natal. Para evidenciar toda esta determinação apreciável,
transcreve-se, do periódico paroquial Mais e Melhor, ano 11I,
n. o 25, o seguinte:
" O primeiro veículo motorizado que entrou em Carnide foi uma furgoneta
conduzida por Manuel Ramos que, de Leiria, trazia vinho para o estabelecimento
de José Pedrosa Cascalheira. "
Algum tempo depois, por outras serventias que passava pelo Moinho Velho,
que subia à residência de José dos Santos e daí ao
Vale do Campo, ligava ao Outeiro da Ranha, Manuel Rodrigues Galvão
trouxe os materiais para a residência paroquial construída
em 1953. Os materiais para as escolas, construídas um pouco
antes, foram carreadas em carros de Bois. Veio finalmente, uma primeira
empreitada, no valor de 40 contos, para a primeira terraplanagem da
estrada, sendo todas as terras removidas à enxada. Assim, se
arranjou maneira de "furar" até Carnide, porque para
Carnide de Cima e Carnide de Baixo, apenas se podia passar no Verão
e a única possibilidade era por dentro do ribeiro que bordeja
esta povoação. Se hoje se vai de carro a todas as povoações
e a todas as casas, já se tem uma ideia do sacrifício
que este povo teve de fazer para sair do seu isolamento". Os habitantes
de Carnide, interpelados sobre assuntos da sua terra, nos respondem:
" Unidos seremos uma força capaz de mostrar que existimos, que temos
necessidades, direitos, deveres e assumimos a responsabilidade na construção
dum Carnide melhor e maior".
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SANTO
ELIAS, PROFETA E PAI DO CARMELO
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Retrato
bíblico
É impossível
descrever em poucas palavras a personalidade e obra deste grande
Profeta.
Lendo as poucas páginas bíblicas que nos falam dele:
1 Rs, cap. 17-19,21, e 2 Rs 1-2, podemos tentar descobrir suas características
principais. Eis aqui algumas: o homem diante de Deus: aparece com freqüência
a expressão "o senhor a quem sirvo" ou "perante
o qual estou". Elias não compartilha com ninguém
seu culto e quer que o povo faça o mesmo.
Levado pelo Espírito: vede a resposta tão saborosa de
Abdias em 1 Rs 18, 12. Daí procede a força da alma de
Elias e de sua liberdade interior.
Sua fé sem divisões: quando do sacrifício do Carmelo(1
Rs 18), tenta forçar o povo a escolher entre o Deus vivo, pessoal,
que intervém na história, e as forças naturais
divinizadas, os baais. Como nós, Elias crê sem ver; porque
Deus pede, anuncia a chuva..., mas sem vê-la cair. (1 Rs 18,41
s)
Sua intimidade com Deus: Sua visão de Deus (1 Rs 19), como a
de Moisés(Ex 33, 18s), é o modelo da vida mística: é tudo
o mais que se concede ao homem ver. Porém, Elias continua sendo
um homem como nós, desanimado, medroso (19, Is). O versículo
19,12 deve traduzir-se: "Ouviu-se o ruído de um silêncio: "Deus
não está nas forças da natureza divinizadas, apenas
está. Deus oculto. Em sua oração - tal como Moisés
- Elias não cai em efusões místicas, apenas fala
a Deus sobre sua missão.
Solidariedade com os pobres: diante do rei e dos poderosos, defende
o pobre(1 Rs 21).
Seu universalismo: como crê em Deus sem divisões e se
deixa conduzir pelo Espírito, é livre para tratar com
os pagãos(1 Rs 17); mas também pede à mulher pagã uma
fé incondicional(17,13).
O relato popular de 2 Rs 1, contribuirá, infelizmente, para
fazer de Elias uma personagem justiceira que pede o fogo do céu
contra os pecadores.
A ascensão de Elias(2 Rs 1): como não se conhecia seu
túmulo, chegou-se a pensar com certeza que tinha sido levado
para junto de Deus. Lucas se inspirará neste texto para seu
relato da ascensão de Jesus(Enoque 1); Eliseu, que vê Elias
em sua ascensão, receberá seu espírito para continuar
sua missão, como os discípulos receberão o Espírito
de Jesus por tê-lo visto elevar-se.
Fonte
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Santo
Elias (profeta) - "O santo do sono"
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Quem
foi santo Elias?
O
profeta Elias era de Tesbi, Galaad. "Elias" significa "Meu
Deus é o Senhor".
Elias foi um dos maiores profetas do Antigo Testamento que viveu nos
reinados de Acab e Ocozias (século IX a.C.). Dele nos falam
o 1º e o 2º livros dos Reis.
Elias é o profeta que insiste e não se cansa de afirmar
que "o Senhor Deus de Israelé único e que não
existe outro Deus senão Ele". Deus domina sobre a natureza.
Ao professar o Deus único e verdadeiro, Elias opôs-se
aos ídolos e divindades cósmicas cananéias. Foi
grande defensor da religião, da moral e da política contra
a tirania do absolutismo, pois tudo deve estar submetido ao Deus único
e verdadeiro. Para Elias, Deus apresentou-se não em meio ao
terremoto, ao furacão e ao fogo, mas sim em uma brisa suave,
significando a ternura com que Deus trata seus profetas.

Fonte
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