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Freguesia
de Albergaria dos Doze
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Criação
da freguesia: 1910 - 22,84 km² de área -
1 745 hab. (2001)
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O seu povoamento surgiu na sequência dos fluxos migratórios
de Norte para o Sul e de Este para Oeste, adquirindo mais tarde características
mercantilistas. No século XIX com a chegada da linha ferroviária
do Norte desenvolveu-se consideravelmente a nível comercial.
Terra de passagem e repouso de viajantes o seu nome está associado
a um albergue que terá existido na localidade. (leia
mais)
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A
descobrir
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•
Igreja Nova - Foi inaugurada em
1964 e é dedicada a Nossa Senhora da Apresentação.
• Igreja Velha - Edificação resultante
da ampliação de uma capela construída em 1956 com empena
de bico e torre alta que formam a fachada.
• Túnel
Ferroviário - Construído em 1853 e tem 659 metros de comprimento.
• Capela
Ruge Água
• Alto
da Murzeleira
• Fonte
da Mata
• Centro
Padre Patronilho
• Estação
Ferroviaria de Albergaria dos Doze
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Esboço
Histórico de Albergaria dos Doze
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A
povoação
Albergaria
dos Doze é uma freguesia do concelho de Pombal - de
cuja capital, dista cerca de 16 km para Sul e distrito de Leiria,
de cuja capital, que lhe fica a sudoeste, dista cerca de 26
km.
A povoação cresceu num vale que é rasgado pelo
Rio Arunca e é atravessada pela via do caminho-de-ferro, Linha
do Norte.
A povoação é abraçada por um manto de pinheiros
que desde muito cedo estimulou as indústrias resinosas e as
de madeiras.
A maior altitude da principal via férrea portuguesa é atingida
quando esta atravessa o túnel de 659 metros de comprido, concluído
em 1863, sob uma colina por detrás do campo de futebol do Vale
das Éguas, com marco geodésico de 314 m de altitude,
no qual também se faz a delimitação do concelho
de Pombal com o de Ourém, a nascente e a sul, e com o de Leiria,
do lado poente.
Albergaria dos Doze, foi localidade de passagem e estalagem de viajantes
que em busca de repouso aqui procuravam a albergaria ou albergue. A
albergaria foi fundada pela rainha D. Mafalda (a de Arouca) ou por
sua avó, a rainha D. Mafalda, mulher de D. Afonso Henriques,
isto pelos anos de 1170.
É provável que a sua localização tenha sido junto
de onde muito mais tarde, em 1566, se veio a dar início a construção
duma capela em evocação de Nossa Senhora da Consolação,
sendo aí celebrada a primeira missa em 1572, hoje Centro Cultural Padre
Petronilho. (…)
A
freguesia
Apesar
de muito antiga, a povoação de Albergaria dos
Doze só em 1923 viria a ser freguesia. Fazia parte até então
da freguesia de S. Simão de Litém. Para efectuar
qualquer registo, para se recensear, para pedir qualquer atestado,
havia que ir a S. Simão e os caminhos eram maus e inseguros.
A memória do povo fala de um Padre de nome António
Pereira Gonçalves que pregava em Albergaria há mais
de 50 anos, ainda que dependente da paróquia de S. Simão,
e a quem se deverá muito do empenho na construção
de uma consciência colectiva albergariense que se afirmava
desejosa de autonomia. Veio a falecer em 1918. Em 1912, para
o substituir, veio para Albergaria, na qualidade de capelão,
embora já aposentado da Freguesia de Poiares, o Padre
Manuel dos Santos Petronilho. A experiência trazida de
outras paróquias veio a ser decisiva no arranque para
a constituição de uma nova freguesia religiosa
- Albergaria dos Doze. O Padre Petronilho, conjuntamente com
outras pessoas interessadas, enviaram várias cartas
ao Vigário Geral no intuito de conseguirem a instituição
duma paróquia eclesiástica, com sede na capela
de Albergaria dos Doze, hoje Centro Cultural Padre Petronilho.
D. José Alves Correia, depois de repetidas insistências
do povo de Albergaria, admitiu criar a paróquia depois
de ser criada a freguesia civil. Havia agora que cumprir a
Lei nº 621 de 23 de Junho de 1916.
É de salientar que já em 1910, numa conjuntura de mudança
da Monarquia para a Républica e com a correspondente instabilidade do
Estado, os Albergarienses tinham tomado conta da Junta de Freguesia de S. Simão
de Litém, tendo então mudado a sua sede para Albergaria dos Doze.
0 processo pró-freguesia levantou pois diversas quezílias com o
povo da freguesia mãe, S. Simão de Litém, problemática
de que muito bem dá conta a Breve Narração Histórica
de Albergaria dos Doze, escrita em 1936, por alguém que assina por J.
Albergaria e que se pensa seja justamente o padre Petronilho. Para maiores detalhes
sobre esta questão, recomenda-se a sua leitura.
O processo pró-freguesia esteve algum tempo parado nas cortes
mas, em Dezembro de 1922, entrou em discussão. Os diferendos
com S. Simão viriam a terminar com a criação da
Freguesia de Albergaria dos Doze, exactamente com a publicação
do Decreto-Lei 1413 de 19 de Março de 1923, no então
Diário do Governo, I série, nº 73 de 10 de Abril
desse mesmo ano. Houve grande comemoração com música
e foguetes.
Lutou-se depois pela freguesia religiosa, aquela que aparentemente
se desejara ainda mais de início. O então Bispo de Leiria,
0 Reverendíssimo Sr. D. José Alves Correia da Silva cumpriu
a promessa que havia feito e, a 15 de Maio de 1923, cerca de um mês
após a criação da Freguesia Civil, criou também
a paróquia de Albergaria dos Doze, tendo por Orago Nossa Senhora
da Apresentação, coincidente geográficamente com
a freguesia civil e constituída pelos mesmos lugares.
10
de Junho de 1998
Ricardo Vieira
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Centro
Cultural Padre Petronilho
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Edificação
resultante da ampliação de uma capela construída
em 1956 com empena de bico e torre alta que formam a fachada.
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1566 – INICIO
DA CONSTRUÇÃO DA CAPELA DA INVOCAÇÃO
DE NOSSA SENHORA DA CONSOLAÇÃO.
1573 – CELEBRAÇÃO DA 1ª MISSA AUTORIZADA PELO
BISPO D. GASPAR DO CASAL.
1923 – IGREJA MATRIZ DA NOVA PAROQUIA DE ALBERGARIA DOS DOZE
TENDO COMO ORAGO Nª SRª DA APRESENTAÇÃO E PRIMEIRO
PÁROCO PADRE MANUEL DOS SANTOS PETRONILHO.
1939 - AMPLIAÇÃO DA IGREJA E CONSTRUÇÃO
DA NOVA TORRE SENDO PÁROCO O PADRE MANUEL DE OLIVEIRA.
1964 – INAUGURAÇÃO DA IGREJA NOVA – SENDO
PÁROCO O PADRE MANUEL FERREIRA.
1965 – REALIZAÇÃO DO PRIMEIRO TEATRO NA IGREJA
VELHA.
1993 – INICIO DO RESTAURO E REFORMA DA IGREJA VELHA PARA CENTRO
CULTURAL SENDO PÁROCO O PADRE ANTÓNIO DA PIEDADE BENTO.
1995 – 18 JUNHO, INAUGURAÇÃO SOLENE DO CENTRO CULTURAL
POR SUA EXA. ENG. FRANCISCO MANUEL SANTOS COUTINHO, GOVERNADOR CIVIL
DO DISTRITO DE LEIRIA E REVERENDO CÓNEGO AURÉLIO GALAMBA
OLIVEIRA EM REPRESENTAÇÃO DE SUA EXA. REV. D. SERAFIM
DE SOUSA F. E SILVA, BISPO DE LEIRIA – FÁTIMA NA PRESENÇA
DOS ILUSTRES SENHORES: ENG. NARCISO MOTA, PRESIDENTE DA C.M.P., PADRE
MANUEL MARQUES, PÁROCO DA FREGUESIA DE ALBERGARIA DOS DOZE,
PADRE ANTÓNIO BENTO, PRIMEIRO PRESIDENTE DA COMISSÃO
DE RESTAURO, PADRE A MANUEL FERREIRA, PRIMEIRO PADRE A USAR A IGREJA
VELHA COMO CENTRO CULTURAL, SR. HERMÍNIO GUAPO ALFAIATE, PRESIDENTE
DA JUNTA DE FREGUESIA DE ALBERGARIA DOS DOZE, COMISSÃO DE RESTAURO
DA IGREJA VELHA, CONSELHO ECONÓMICO DA FABRICA DA IGREJA PAROQUIAL
E MUITO POVO.
ALB. DOS DOZE 18 DE JUNHO DE 1995
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Igreja
Paroquial de Albergaria dos Doze
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O
dia 15 de Agosto de 1958 foi o dia do lançamento e
bênção da primeira pedra por parte do
Reverendíssimo D. João Pereira Venâncio,
Bispo da Diocese de Leiria. Em cerca de 5 anos ficou construída
e foi inaugurada em 2 de Fevereiro de 1964, tendo como Orago
Nossa Senhora da Apresentação. Foi construída
em terrenos cedidos pelo Sr. César das Neves. Todos
os anos, no dia 15 de Agosto, e realizada uma Festa Religiosa
em Honra de Nossa Senhora da Apresentação,
organizada pelos habitantes que, nesse ano, fazem 50 anos
de idade.
in "Albergaria dos Doze - As Partes e o Todo" Prof.
Dr. Ricardo Vieira
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|
O
monte coberto de pinheiros que faz a delimitação
do Concelho de Pombal e de Ourém e atravessado por
um Túnel de 659 metros, terminado em 1863. A construção
desse túnel foi de extrema dificuldade, pois houve
que rompê-lo numa areia argilosa e aquífera,
tendo sido necessário fazer um revestimento de alvenaria
que chegou a atingir, em alguns pontos, 2 metros de espessura.
Situa-se a 300 metros antes da estação de Albergaria.
Ao transpor o túnel, o caminho-de-ferro atinge a altitude
de 263 metros, a máxima entre Lisboa e Porto.
in "Albergaria
dos Doze -As Partes e o Todo" Prof. Dr. Ricardo Vieira
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Estação
Ferroviária de Albergaria dos Doze
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Aqui
existia um depósito com 200.000 litros de água
destinado ao abastecimento das máquinas a vapor e
que foi destruído em 1987. Quando os comboios eram
puxados por máquinas a vapor, não havia nenhum
que não parasse na estação para se reabastecer.
Tal como se "saciava" a sede ao comboio, fazia-se o mesmo
aos passageiros que compravam pela quantia de 2$50 urna bilha de água,
vendida em bilhas de barro.
Com a electrificação da via desapareceu essa paragem
obrigatória e consequentemente o comércio das bilhas
com àgua, que tinham marca: “Água de Albergaria”.
É a 21ª Estação da Linha do Norte.
in "Albergaria dos Doze - As Partes e o Todo " Prof.
Dr. Ricardo Vieira
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