Nasceu em Coimbra, a 12 de Junho de 1916, e faleceu em Pombal,
a 14 de Janeiro de 2008. Pedro Alves de Carvalho, que adoptou
o pseudónimo de Pedro de Sagunto, não era natural
de Pombal, mas aqui criou a sua família e foi também
em Pombal que se radicou após a reforma. Antes, residiu
na Figueira da Foz (onde viveu desde os 27 anos té à reforma),
Coimbra e Ervedal da Beira. Amante da literatura, sobretudo de
ficção científica e de aventuras, escreveu
17 livros, além de inúmeros contos, folhetins e
poemas que foram publicados em jornais e revistas.
Foi com 14 anos de idade que Pedro Alves de Carvalho escreveu
a sua primeira história, mas o seu primeiro livro só veio
a ser publicado quando tinha 30 anos. Na imprensa nacional e
regional, colaborou com "O Primeiro de Janeiro", "O
Figueirense", "Diário de Notícias", "A
Gazeta de Soure", "O Eco", entre outros. Algumas
das suas obras chegaram a ser premiadas e até editadas
noutros países. "Os Exploradores da Lua", livro
de ficção científica, é disso um
exemplo. Depois de se radicar em Pombal, por volta de 1980, não
mais publicou livros, apesar de continuar a escrever contos e
poemas, alguns deles reproduzidos na imprensa local. Em Agosto
de 1999, Pedro Alves de Carvalho foi alvo de uma reportagem n’O
Correio de Pombal. Na altura, disse que tinha três obras
acabadas, à espera dos últimos retoques. Uma delas,
explicou, retrata a vida e a morte de Hitler, mas sob a perspectiva
do escritor, num misto de realidade e ficção. Possuidor
de uma vasta biblioteca, com mais de dez mil títulos,
Pedro Alves de Carvalho mostrava a sua satisfação
sempre que via um jovem a ler. Entre os seus autores preferidos
contavam-se Thomas Mann, Marcel Proust ou Eça de Queiroz,
sendo do primeiro o seu livro predilecto, "A Montanha Mágica".
Em 1999, neste jornal, Pedro Alves de Carvalho lamentava o facto
de não poder levar os seus livros consigo quando morresse.
Dizia então que "houve um indivíduo que quis
ser enterrado de pé com os livros à volta. É evidente
que não vou chegar a isso, nem sequer querer ser enviado
para o espaço com eles numa cápsula. Mas de facto...
tenho pena".
Nuno Tomaz Oliveira